O desequilíbrio entre oferta e demanda no setor provocaram uma disparada nos preços, que levou o governo a incluir os materiais de construção no esforço para investigar pressões inflacionárias provocadas pela pandemia, como a que vem encarecendo a cesta básica.
Algumas empresas dizem que fizeram o pedido das louças há duas semanas, respeitando um prazo que costumam usar nesse tipo de encomenda. Mas o fornecedor afirmou que não tinha condições de atender toda a demanda. "A obra vai ser atrasada em, no mínimo, um mês", lamenta.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 54,8% das empresas do setor de construção enfrentaram, na segunda quinzena de agosto, alguma dificuldade para acessar insumos, matérias primas ou mercadorias.
É um número praticamente estável em relação aos 56,7% da primeira quinzena do mês e bem superior aos cerca de um terço verificados em períodos anteriores. O setor aponta maiores dificuldades em louças e sanitários, PVC, produtos de cobre, aço e cimento.
Há também efeitos no varejo de materiais de construção, que vem tendo dificuldades de repor estoques para dar conta do incremento das pequenas reformas ou reparos feitos pelo brasileiro que passou a ficar mais tempo em casa.
Fonte: Folha de São Paulo
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